Estava devendo esse post, já que foi um dos temas que fez com que meus amigos (e meu marido) me sugerissem a montagem desse blog. Falar da minha opinião sobre amamentação sem "tomar trolha" dos outros é um desafio! Desafio esse que eu não consegui superar. Mas sabem de uma coisa? A opinião é minha e se alguém concordar, ótimo. Se discordar, só lamento. Isso aqui não é uma democracia! Quem usava muito essa frase era um diretor da escola onde estudei da quinta série ao terceiro ano (hoje em dia mudou tudo e fico perdida nas séries!)... Não era mesmo uma democracia, mas era a melhor escola (das três) em que estudei.
Amamentar, pra mim, foi horrível. Falo mesmo. Era dolorido, chato, consumia as minhas (poucas) energias, me impedia de fazer outras coisas (como, por exemplo, segurar meu filho no colo só pra segurar ele no colo... ele não queria, ele queria era ficar pendurado no meu peito!) e fez com que eu me sentisse menos mulher, no sentido sexual da coisa mesmo. Acreditem, isso atinge a gente sim. Apesar de todo mundo dizer que as recém-mães não "ligam" pra essa coisa de sexualidade.
Meu filho "desmamou" com dois meses e meio. Digo isso aliviada. Quando o NAN entrou na minha vida, eu finalmente consegui começar a colocar minha cabeça no lugar. Até o bendito dia em que o leite secou, eu chorava todos os dias, o dia inteiro. Às vezes, quando eu encontrava forças, rezava (não sou muito religiosa, mas na hora do aperto a gente SEMPRE lembra de rezar, né?) pra que aquele "tormento" acabasse logo e eu pudesse me relacionar melhor com o meu bebê... Às vezes eu sequer queria olhar pra ele nessa fase inicial.
Sabem o que acho, sinceramente? Leite Materno pode ser isso, aquilo, aquilo outro, aquela Coca-Cola toda, mas quando a mãe não se sente bem amamentando, isso tudo cai por terra. Vamos combinar que se você não consegue relaxar, você não produz leite. Seu filho vai ficar O DIA INTEIRO (e a noite também) chorando no seu ouvido e você não vai poder fazer nada porque o seu cérebro não permite que a maldita glândula (ou sei lá o quê) funcione como deveria. Mãe estressada e deprimida, bebê infeliz. E eu estava muito infeliz e fazendo meu filho infeliz também. Ele mal tinha chegado ao mundo e eu já estava tornando a vida dele mais dificil.
Hoje eu digo, de coração, que amamentar tem que ser opcional. Fui "obrigada" pelos pediatras e pelas pessoas próximas a ficar me torturando, insistindo numa coisa que não dava resultado. Isso só piorou tudo. Sempre dizem que não devemos desistir nas dificuldades, mas esse é um caso que eu recomendo desistência. Por que sofrer e fazer seu bebê sofrer ainda mais quando existem outras alternativas?
Você não fortalece vínculo com seu bebê se você amamenta "por obrigação", sentindo dor, cansada, estressada, deprimida... Você acaba é passando um monte de coisa ruim pra ele. Então foi muito acertado ter aumentado as doses de NAN e ter deixado o leite ir secando, no meu caso. Não me arrependo, fiz o melhor pra nós dois. Meu filho, hoje, é super saudável. Tem peso e altura compatíveis, nada como um peixe, se levanta sozinho, pega todo o tipo de coisa que vê pela frente, sorri à toa. E foi amamentado com NAN. Aliás, ainda toma seu NAN, apesar de comer de tudo.
Alô galera que acha absurdo alguém não querer ou não conseguir amamentar (é mentira isso de que toda mulher consegue, tá? mentira das mais cabeludas. não é porque somos mamíferos que vamos, automaticamente, conseguir. somos animais e nem por isso caçamos, praticamos canibalismo, matamos a prole do chefe da matilha anterior pra criar a nossa própria.): revejam seus conceitos. O mais importante é fazer o que parece correto, o que for fazer bem, o que for criar bem-estar pra mãe e pro bebê. E, pra mim, isso veio com as (ótimas, por sinal!) mamadeiras da Phillips!
Pronto, falei. Acho que ainda vão aparecer mais posts sobre isso por aqui, tem sempre alguém pronto pra "me encher o saco" com isso quando digo que meu filho parou de ser amamentado aos dois meses. Tema recorrente na vida de mãe de bebê... Fazer o quê, né?
Lindona, vc tem toda razão!
ResponderExcluirEu não fui amamentada! A senhora minha mãe não tinha leite, precisei de leite materno de outras "mamíferas" na primeira fase, e sabe, não morri por isso e não a amo menos por isso!
Se o momento de amamentar é para ser íntimo e afetuoso, desconforto e tristeza não me parecem nenhum sinal de nenhum dos dois!
Quem quiser atirar pedras, que fique à vontade, mas no real, cada um é que sabe de si.
Bjocas!
Ana, quando nasci, minha mãe tinha 16 anos e, por isso, a obstetra e meu pediatra conversaram muito com ela sobre a amamentação e a colocaram como uma opção. Minha mãe preferiu não amamentar, pois tinha muitos medos de como seria ou como seu corpo poderia ficar depois. Na maternidade fui amamentado c/leite de outras mães, mas ao chegar em casa tomei NAM. Muitos criticaram a escolha dela, pois na época o NAM era bem caro – diziam que era frescura, desperdício de dinheiro, etc. Uma tia-avó minha chegou a dizer que eu ficaria com defasagem no aprendizado (o que chega a ser hilário, pois sou considerada a nerd da família)... Ainda não decidi se irei amamentar ou não, é uma coisa que deixo para pensar quando chegar o dia. Concordo com você: é um opção e isso não vai determinar a importância ou o amor por seu filho!
ResponderExcluir