6 de julho de 2012

Plus Size.

Notei que rola um "encorajamento" pra que a galera seja menos preconceituosa com as moçoilas grandes como eu. Não sei se isso é coisa de tempos, mas só reparei agora que resolvi fazer todo um trabalho de aceitação do meu tamanho (isso sem deixar de comer bem e fazer meus exercícios, que fique bem claro). 

Vou ser sincera: acho legal. Acho legal porque esse "padrão de beleza esquelético europeu" não cabe na nossa realidade brasileira (não cabe na minha, pelo menos!). Somos tão variadas! E isso é tão bonito! Mas, de repente, queremos todas ser Gisele, mesmo que nem todas descendamos de europeus instalados no sul do país. Eu, que até tenho meu pézinho na Alemanha, puxei mais o lado grande e grosseiro do que esse lado magro, tábua e "lindo".

Ser gordinha não tem a ver com ficar o dia todo em casa sentada no sofá comendo porcaria. Eu tenho uma dieta balanceada, evito doces, evito refrigerantes, frequento a academia, bebo muita água e não tenho um minuto de sossego quando meu filho tá em casa (é tipo fazer um monte de exercício aeróbico, sabem? mais do que a cota indicada! Hehehehe...). Eu tenho um biotipo que não cabe, nem que eu queira, no padrão 40kg de beleza mundial. 


Esses dias recebi uma mensagem sendo convidada para um "casting" de "new faces" "plus size". Nossa, quanto termo entre aspas! Hehehehe... Mas é! "Casting" e "new face", pra mim, eram coisas bastante inéditas. Não levo jeito nenhum pra essas coisas, não tenho a menor vontade de tentar ser modelo plus size (inclusive li, esses dias, um texto que dava umas dez razões pra não se ser/tentar ser modelo plus size e achei super convincente, hehehehe!), não acho que tenho corpo/rosto pra isso. Achei que era golpe, caí na gargalhada, mas era coisa séria! Entrei em contato, vi que a agência era super séria, que a seleção era super séria e agradeci, mas não quis saber de participar.


Fiquei surpresa! Não exatamente feliz, mas surpresa porque jamais imaginaria receber um convite desses na minha vida. Eu brigo o tempo inteiro com a balança e, de repente, acham que eu posso vir a representar um monte de mulheres que o mercado andava ignorando, assim do jeito que eu sou. Fiquei contente com tamanha mudança no pensamento coletivo. É, acho que fiquei sim.

Não tenho a menor pretensão de ser considerada bonita pelos outros. Quero me considerar bonita. Isso já estaria de bom tamanho. Mesmo que a mídia insista em me vender uma imagem que não cabe em mim (nem que eu faça todo o esforço do mundo!). 

Keep calm and... seja feliz consigo mesma! :)

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