30 de junho de 2012

Eu me orgulho.

Esses dias descarreguei minha revolta no Facebook por conta de ter comentado um post sobre amamentação e ter sido censurada pelo moderador. Achei absurdo não ter chance de contar o que aconteceu comigo, com o simples intuito de fazer aquela mãe que postou seu depoimento sobre as dificuldades da amamentação ver que ela não estava sozinha nesse barco. Eu não tive ninguém que me confortasse quando tive dificuldades com isso, sofri muito e acho que - vejam bem, ACHO QUE, afinal, não sou terapeuta e não entendo muito disso - fiquei traumatizada. 


Por conta disso, amigos postaram coisas me elogiando e amigos de amigos fizeram mais e mais comentários a respeito do assunto. Ninguém me julgou nos comentários, que fique bem claro. Foram postadas muitas opiniões contrárias, mas sem "cutuque" na minha pessoa. Legal, respeito.

Isso tudo me fez pensar sobre o quanto de crédito eu deixo de me dar. Sabem, eu choramingo tanto pra terapeuta que não sou uma boa mãe porque não curto "N" coisas da rotina, porque reclamo que não durmo o quanto gostaria, porque me sinto sempre cansada e não sinto, de forma alguma, que esse tipo de coisa é ligado a "compensação por ter um filho lindo", mas eu nunca páro e penso, realmente, no tanto de coisa que eu encaro sozinha diariamente porque eu acho importante encarar. 

Não tenho babá por questões financeiras. Tenho uma creche que me ajuda quatro horas por dia pra eu poder fazer algumas coisas que não podem ser feitas com um bebê à tira colo. Quatro horas não dão pra muita coisa, eu tento abraçar o mundo todo dia nesse espacinho de tempo. Sempre falta fazer alguma coisa, é inevitável. Não reclamo de não ter babá, faço o melhor que posso pra cuidar do meu filho, da minha casa e do meu marido. E tento ir a academia, pelo menos, duas vezes por semana. Hehehehe... Tento muito, acreditem.


Não transfiro o que acredito ser minha responsabilidade pros outros. E olha que tem gente pra me ajudar, mas não gosto. Acho, assim, que ajuda é só quando a gente precisa. Se for o tempo todo, passa a ser transferência de responsabilidade e isso eu não curto. Meu filho é MEU filho e se eu não estou trabalhando fora, sou eu quem deve cuidar dele e não a minha mãe ou a minha sogra ou sei lá eu quem.

Hoje senti orgulho de mim. Sinto um cansaço avassalador todos os dias da minha vida, mas não páro pra sentir orgulho. Sou uma boba mesmo.

Mas hoje senti. Vi que não faço pouco e que mesmo com todas as reclamações - devidas, acredito sinceramente -, eu dou conta sozinha de muita coisa que nunca esperei e nem me preparei pra fazer. Fiquei feliz, fiquei aliviada. 

Parabéns pra mim, gente. Muita gente pode dizer que é apenas minha obrigação ou dizer que eu teria que fazer tudo sem reclamar, mas, pra mim, dar conta do que dou conta já é motivo de orgulho e eu devia me lembrar mais vezes disso. 

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