7 de fevereiro de 2013

Vai passar... Será?

Há, mais ou menos, duas semanas eu fui assaltada praticamente na porta de casa. Como muitos sabem, eu me mudei recentemente e ter tido essa experiência justamente na porta da casa nova foi a pior coisa que poderia ter acontecido no meio de tanta coisa boa que vinha acontecendo. Não explanei muito o assalto pra não assustar minha família (liguei pro meu marido e pra minha professora de pilates, afinal, ela estava me esperando pra aula e depois do assalto eu fiquei sem a menor condição de rumar pra academia e acabei correndo e me trancafiando em casa, né?), que mora toda perto e por muito menos teria entrado em pânico, hehehe... No fim das contas, quem entrou em pânico fui eu. E esse pânico não tá querendo ir embora.

Desde o assalto que não sei mais o que é andar tranquila pelas ruas do bairro. E olha que preciso andar bastante por elas (e por ruas de outros bairros também). Aposto que tem muita gente aí pensando que porque eu não tenho um emprego formal, eu passo o dia todo em casa, né? Hehehe... O fato é que eu fico neurótica olhando pra tudo que é lado esperando que alguma figura peculiar me pare e me assalte novamente, assim, do nada. É um saco! 

Semana passada estive na terapia e fui alertada de que essa sensação é normal quando se passa por alguma experiência traumática como essa. Não há muito o que ser feito, a não ser enfrentar. E tenho enfrentado, saindo todos os dias em todos os horários pra fazer as coisas que preciso fazer. Mas gostaria de poder sair sem me sentir sobressaltada o tempo todo, sem correr, sem olhar para os lados, sem atravessar a rua toda vez que vejo alguém que me parece suspeito (notem que a pessoa pode ser a mais inofensiva, mas sempre que vejo alguém semelhante ao assaltante, entro em pânico e "ligo o turbo"...). Estou usando florais há quase uma semana e até acho que a sensação de medo diminuiu um pouco, mas ainda assim as coisas estão difíceis...

Será síndrome do pânico? Será que vai passar? Quando vai passar? Não aguento mais essa sensação de estar em perigo constante. Por mais que me digam que essa coisa de ser assaltada é super normal pra quem mora num grande centro urbano como eu, que moro no Rio de Janeiro, não consigo encarar com naturalidade essa questão. Natural, pra mim, é não ser assaltada e/ou sofrer qualquer outro tipo de violência ao sair de casa e não o contrário! Ora, bolas. Onde já se viu encarar com naturalidade esse tipo de coisa? Francamente...


4 comentários:

  1. Puxa! Que barra! Eu tô pra te perguntar isso da mudança se mudou de bairro, como foi...mas pelo visto não tá tão bom.

    Graças a Deus nunca fui assaltada, mas por milagre mesmo. Já passei por 4 tentativas de assalto e em todas elas consegui que não me levassem nada. A primeira foi no ônibus, levaram tudo de todos, menos o meu. As outras três foram na rua por pivetes, sendo que duas delas foram pelo mesmo pivete (de manhã indo pra faculdade).

    Até hj não me sinto tranquila em ônibus, sento no corredor e sempre perto do cobrador, nunca lá no fundo (apesar de que qnd fui assaltada tava lá atrás e na janela, mas é pq corredor tb evita estupro - olha minha nóia).

    Assim como não consigo pegar mais ônibus na Presidente Vargas, local que passei pelas duas tentativas de assalto com o mesmo pivete. E quando sou obrigada a passar ali fico parecendo uma coruja virando o pescoço para todas as direçoes para saber se virá alguém suspeito.

    Infelizmente eu tenho esse pânico sempre, mas temos que continuar a viver. Mudei o trajeto várias vezes, mas outras tantas tive que enfrentar o medo.

    Quase tive síndrome do pânico, mas não por medo de assaltos, mas por medo de pessoas comuns. É uma longa história e tem a ver com o que passei com certas "amizades" quando saí de Petrópolis e vim morar no Rio (vc já deve ter lido alguns relatos no blog, se não tem lá em desabafos).

    Mas faça uma denúncia de assalto na sua rua, solicite policiamento. Pode ser que não dure mto, mas é bom saber q esteve ali. Não deixe isso te consumir.

    bjs

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    1. eu também nunca tinha sido assaltada! minha terapeuta disse que eu devo ser uma carioca muito atípica mesmo, hehehe...

      me mudei só de casa, mas é mesma rua e mesmo bairro. eu sei que nunca foi um bairro mega tranquilo e que quando a UPP chegou, veio uma falsa sensação de segurança, mas que também já desapareceu há um tempo.

      pega que ser assaltada quase na porta de casa, onde teoricamente é o lugar mais seguro pra se estar, caga tudo! de lá pra cá comecei a reparar muito nas pessoas, presenciar assalto na rua, coisa que, antes, eu era meio desligada. e essa sensação de "perseguição" é um saco!

      enfim, temos que continuar mesmo. não tem jeito!

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  2. Ana,essa sensação é super normal. Também não acho natural ser assaltada ou até coagida por guardadores de carro ou pessoas no sinal. Por duas vezes fui assaltada em lugares do meu cotidiano. Mas, como não sou mt boa da cabeça, reagi. Na primeira vez, o garoto ficou tão sustado que não me levou nada. Na segunda, só conseguiram levar meu celular, pois caiu na luta. Fiquei mt nervosa e quando caiu a ficha do que aconteceu, bateu aquele medo de represálias... Saiba que vc está no caminho certo, segue com seu cotidiano que tudo vai passar...

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  3. Ana, essa sensação é super normal. Vc está indo pelo caminho certo, está enfrentando seu cotidiano...
    Também não encaro com naturalidade ser assaltada ou coagida pelas ruas. Afinal batalhei muito para conseguir minhas coisas...
    Infelizmente, já fui assaltada duas vezes em trajetos do meu cotidiano. Mas, como não sou nada normal (devo ter vários parafusos a menos), reagi em ambas as vezes.
    Da primeira, estava voltando da faculdade e o garoto não conseguiu levar nada. Da segunda, conseguiram levar meu celular porque caiu durante a briga. Cheguei a derrubar o pivete da bicicleta...
    Quando me acalmei e caiu a ficha, veio o...
    pavor de uma represália...
    Vida que segue, o que precisar é só falar!
    Bjs

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