25 de janeiro de 2013

Sobre a frustração de não ser doce e paciente...

Hoje passei quatro horas, mais ou menos, na rua com Dudu e sem carrinho de bebê. Fomos resolver coisas que precisavam ser resolvidas e como eu não tinha com quem contar pra deixar ele, levei. Estou morta com farofa até agora, com dor em absolutamente todos os músculos, dor de cabeça e vontade de enfiar a cara no travesseiro e chorar até me acabar em lágrimas. 

Como é frustrante estar completamente irritada e ter que agir com toda a doçura do mundo, afinal, uma criança de quase 2 anos não sabe, teoricamente, se o que está fazendo é certo ou errado, se pode ou não pode fazer aquilo e, se sabe, vai desafiar você um tanto porque, né, é o que crianças fazem. Cheguei em casa muito estressada de correr atrás, dizer "não pode mexer nisso, filho", tentar segurar a mão dele, pegar no colo, tomar banhos de Mate e sorvete, ficar com a roupa suja de purê de batata, etc. Cheguei pronta pra desabar na cama e chorar de perceber o quanto esse tipo de coisa me irrita, me estressa, me tira do sério e o quanto não deveria, afinal, sou mãe dele e isso faz parte. Já começo a pensar que sou a pior mãe do mundo nessas horas!

Minha paciência é muito curta e isso faz com que eu faça um esforço descomunal para não demonstrar isso para o Dudu (tipo berrando como uma louca, arrancando meus cabelos e esses lances meio Britney Spears na fase ruim). No fim das contas, estou eu aqui frustrada em saber que sair com meu filho sem instrumentos de controle (a.k.a. carrinho de bebê) me deixa completamente irritada e estressada, além de cheia de dores musculares e um cansaço supremo.

Hoje só quero meter a cara no travesseiro, me esconder debaixo de cobertas e esperar essa sensação ruim passar. E, talvez, isso demore.

3 comentários:

  1. Ana, antes de mais nada, eu tenho uma confissão: quando te conheci (virtualmente) achei que vc era mais uma daquelas mães que critica as mulheres que adoram ser mãe pra se defender do fato de não estar lá muito afim de ser mãe. Algo para não se sentir culpada de ser apenas uma mãe mais ou menos.

    Aí eu percebi que é justamente o contrário. Vc é uma super mãe. Vc diz o tempo todo que não é, mas as coisas que vc conta... caramba... você é dez!

    Sabe a mãe do Caillou? Ela não existe. Só existe dois grupos de mães: aquelas que querem fazer tudo certo e erram pra caramba e aquelas que não estão nem aí e erram pra caramba.

    Eu me considero uma mãe Brastemp, mas só uns 70 ou 80% do tempo. Pergunte aos meus vizinhos: eles devem escutar muita coisa.

    Eu amo ser mãe, mas já tive vontade de simplesmente sair, fugir dessa rotina... e o pior é que já extravasei toda essa frustração em cima da minha filha.

    O Dudu tá na pior fase e posso te indicar dois livros que me ajudaram bastante e que fizeram com que a fase das birras fosse mais curto. No mais, é só tentar descansar o máximo possível e encarar a montanha russa que é a vida de mãe. :)

    Beijos!

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    1. hehehe obrigada! na verdade, nada contra as mães que amam ser mães. acho bonito pra caramba! o que eu não gosto é quando elas acham um absurdo eu reclamar das coisas que eu reclamo, hehehe... e olha que nem sempre são mães que amam ser mães que tem esse tipo de comportamento, né? eu me esforço muito. tem muita, muita coisa que eu não gosto e eu fico pra morrer de sentir que não gosto de determinadas coisas, quase como se houvesse algo que me obrigasse a gostar ou, ao menos, a encarar sem sentir qualquer tipo de incômodo. e como eu não consigo, fico me chicoteando mentalmente, hehe. é estressante e faz perder cabelos, hehehe. mas é natural, de alguma forma bizarra. eu admiro você, acho que é muito mais que uma "mãe Brastemp" (até porque, ultimamente, a Brastemp tá dando muita dor de cabeça pros consumidores, hehehehe!) e é um exemplo pra mim! obrigada, mais uma vez! :)

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    2. Agora que li a resposta. Que fofa!

      Deixa te dar o link de alguns textos meus sobre isso:

      http://cbispo.blogspot.com.br/2012/03/fortes.html
      http://cbispo.blogspot.com.br/2011/05/ser-mae-nao-e.html
      http://cbispo.blogspot.com.br/2011/03/sabedorias-de-cecilia.html
      http://cbispo.blogspot.com.br/2011/03/perspectiva.html
      http://cbispo.blogspot.com.br/2010/11/aahhh.html

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