4 de março de 2013

A complicada "arte" da adaptação (para mim) quando se tem filhos...

Mudança nunca foi meu forte. Aliás, sofro de aversão à mudança e sou apaixonada pela minha zona de conforto. Mas ter um filho foi uma mudança radical que, realmente, jogou minha zona de conforto pra escanteio. Mas conforme o tempo foi passando, a zona de conforto reapareceu nas coisas que foram ficando familiares no convívio entre mãe e filho. Pelo menos, comigo foi assim.

Aí, de repente, eu me vi com 27 anos rodeada de amigos - e pessoas, em geral - sem filhos. E acho que essa tem sido a questão mais complicada. Me dizem que eu devo arrumar amigos com filhos e não acho que é bem por aí. Acho que preciso mesmo é dar um jeito na minha cabeça que sofre com o tanto de coisa que muda quando se tem um filhote que depende inteiramente da gente.

Vem o Rock in Rio trazendo John Mayer e Bon Jovi. Só alguns dos meus artistas preferidos e que nunca tive oportunidade de ver ao vivo... Só isso... E ir a um evento desses é uma coisa que "não me pertence mais". Ao menos, não enquanto meu filho tem dois anos (ou quase isso). Dói um pouco perceber e encarar. São coisas que todos a minha volta estão fazendo. Jantares, bares, shows, eventos, viagens... E eu tenho algumas limitações que preciso respeitar. 

Fazer uma viagem pra Fernando de Noronha na baixa temporada custa mais do que ir à Buenos Aires, por exemplo. Mas não dá pra ir à Fernando de Noronha relaxadamente com meu filhote que requer 100% de atenção e não vai aproveitar a maior parte das atividades do local - além de levar em consideração os gastos com a viagem, agora somos três e com um que precisa de muito mais do que eu e marido juntos -. Acho que posso dizer o mesmo sobre Buenos Aires. Dá até um nó na garganta e uma vontade de chorar enquanto escrevo isso... Conto até dez e respiro fundo. Fico tentando me consolar com a possibilidade de, em algum tempo, poder fazer todas essas coisas. Aí não mais com meus 27 anos e talvez não tão plenamente, mas ainda assim... 

Passei por muita coisa que, pra muita gente, é natural e tranquilo e, pra mim, foi barra pesada. E, de certo modo, continua sendo. Procuro não pensar tanto no que não posso fazer e me concentrar mais no que já posso, o único problema é que eu sou humana e sempre quero mais, né? Não há resignação que resolva esse problema, infelizmente...

Enquanto isso, vamos em frente, eu e meu filhote. Vamos tentando, de todas as maneiras, viver um dia de cada vez e nos alegrarmos com as pequenas conquistas. Isso é muito, muito difícil pra mim, mas é tudo que eu tenho e no que me agarro na esperança de aplacar a angústia que sinto, às vezes, nessa minha "nova vida". 

2 comentários:

  1. Primeiro: entendo o que passa na sua cabeça. É pior qnd tem gente em volta fazendo aquilo q vc queria estar fazendo. Mas veja bem, vc tem algo maravilhoso que eles ainda não tem: filho. Eu digo eles, mas me encaixo. Sou doida pra ter filhos, mas minha vida não permite uma criança agora. Não por mentalidade, hábitos...mas por dinheiro.

    Segundo: Sabia que eu tenho um puta orgulho de vc? Vc não é q nem mtas mães q não pensam no filho e sim no próprio prazer. Mães que deixam os filhos em casa com vó, tio, babá e vai pra boate ou vai viajar com as amigas ou deixa pros avós da criança cuidarem dela em tempo integral.
    Vc é mãe! Foi mãe antes do que queria, passou por mtas dificuldades e é completamente inteira ao Dudu.

    Tenha certeza q ele vai retribuir a altura essa dedicação. Essa primeira infância passa rápido, curta ela! Vc pode não ter os 27 qnd decidir fazer a sua viagem, mas qnd acontecer saiba q ela será exatamente como tem q ser.

    Eu me privei de mta coisa da minha vida por falta de grana, fiz tudo dps do que mta gente e mta amiga já tinha feito. Mas não foi menos saboroso.

    Não seja radical com sua vida pessoal. Um dia ou uma noite só com o marido não vai ser motivo de briga caso vc tenha q deixar o Dudu com um parente, né? Todo mundo ama ele. E se for motivo de briga, deixa aqui em casa. Acho mto difícil eu ir ao Rock in Rio ($$$) já fui em 2011, vi, conheci e sei como é.

    É emocionante? É. Mas as contas qnd chegam aqui em casa tb me emocionam (que dó de mim).

    Tenho amigas que foram mães cedo, mto cedo. Uma assim q entrou na faculdade e a outra assim q mudou de cidade para investir na carreira. A primeira não mudou nada na vida dela e faz o que pode com o filho, mas se permitindo viver. A outra largou carreira, voltou pra casa da mãe e hj tenta retomar a vida que largou.

    Aí digo q isso de andar com gente que tem filhos é balela. Eu não tenho e ia adorar fazer programas com criança (minha casa inclusive parece q mora criança de tantos brinquedos q tenho para os sobrinhos).

    Não se frustre. Mesmo. Deus te deu um filho pra te mostras outras opções e não fazer com que vc olhasse para o q poderia ter sido.
    bjs

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    1. <3


      só isso que posso dizer pra você... e que ainda não entreguei seu presente de natal, huehue. ai, que vergonha! obrigada, Pri! :)

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